A Preservação do patrimônio histórico de Belo Horizonte – Projeto de Restauração Catedral de Boa Viagem
A restauração dos monumentos, entendida como consolidação e conservação, é vista hoje como uma ação que exige não só o interesse pelo objeto a ser restaurado, mas também um elevado grau de maturidade histórico-artística. São projetos de grande complexidade e devem, portanto, serem elaborados por profissionais com experiência em várias áreas do conhecimento como de arquitetura e urbanismo, de arte, de engenharia, de arqueologia, de história, entre outros.
Os bens culturais edificados possuem especificidades para elaboração de projetos de restauração. Além da conservação física e estética, há uma gama de fatores de interferência que designa suas diretrizes. A começar pela condição de patrimônio histórico cultural dotado de significados no imaginário social e, por esse motivo, devem ser respeitados.
Devem ser preferencialmente consolidados do que reparados, preferencialmente reparados do que restaurados, evitando-se adições e renovações. Porém as adições executadas em tempos diferentes devem ser consideradas como partes do monumento e mantidas.
O Santuário Arquidiocesano de Adoração Perpetua Igreja de Nossa Senhora de Boa Viagem está localizado na região Centro-sul de Belo Horizonte. Seu entorno possui equipamentos públicos de importância para a Belo Horizonte, sendo eles: o Parque Municipal Américo Renné Giannetti, o Palácio das Artes, o Teatro Francisco Nunes e o Circuito Cultural da Praça da Liberdade.
A Catedral de Boa Viagem é tombada pelo IEPHA/MG desde 1977, segundo Decreto nº. 18.531, de 2 de junho daquele ano. O tombamento abrange também a praça que a circunda, tendo como limites os eixos das ruas Sergipe, Timbiras, Alagoas e Aimorés, preservando-se toda a área atual, livre de circulação e a área verde, inclusive a arborização existente”. Além disso, a catedral também é tombada pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte (CDPCM), segundo deliberação 03/94.
A recuperação da Catedral da Boa Viagem, sob a ótica de um bem a ser protegido pelo poder público, devido à sua expressiva vinculação à história da capital mineira, precisa ser avaliada no ponto de vista da necessidade de recuperação singular das características formais do bem, haja vista a sua importância arquitetônica e paisagística.
Dessa forma, a Reteng atuou no projeto de forma a diagnosticar as condições estruturais e de conservação dos elementos construtivos das fachadas e cobertura e desenvolver soluções técnicas, tradicionais e contemporâneas, adequadas à recuperação e manutenção das características externas do monumento.
As atividades foram executadas dentro do planejamento e qualidade desejados, refletindo nos objetivos diretos que são: a preservação de um dos mais importantes e significativos bens no contexto histórico-cultural do Município de Belo Horizonte e a necessidade de proporcionar segurança aos usuários da igreja.
A Reteng em parceria com a empresa Fagundes Arquitetura, conta com profissionais que possuem larga experiência na arte do restauro e requalificação de bens culturais e entornos, serviços de recuperação e reforço estrutural, impermeabilização, restauração de monumentos históricos, tais como o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), Estádio Governador Magalhães Pinto (Mineirão), Edifício Tancredo Neves (Rainha da Sucata), Praça da Liberdade e Igreja Matriz Nossa Senhora do Bom Sucesso – Caeté/MG, dentre outros trabalhos desenvolvidos.