As estruturas de concreto armado moldadas in loco, geralmente são estruturas monolíticas que apresentam conexões rígidas entre pilar e viga devido a continuidade entre os elementos estruturais. Porém, devido à falta de projeto estrutural, mão de obra especializada e até mesmo de acompanhamento técnico, as execuções dessas ligações podem apresentar um engastamento parcial, influenciando na rigidez no encontro dos elementos, na distribuição dos esforços e até mesmo no comportamento geral da estrutura. O Case a seguir de uma demonstra que o engastamento parcial pode causar grandes problemas para uma obra.

A Reteng foi solicitada para realizar um serviço de reforço estrutural com montagem de chapas metálicas, pois os estribos especificados em projeto não foram corretamente posicionados. No entanto, após visita técnica, constatou-se que além do problema com a falta de estribos, a viga não estava corretamente engastada no pilar, e em estruturas de múltiplos pavimentos, como é o caso analisado em questão, é de extrema importância que não haja instabilidade no engaste das ligações entre vigas e pilares. A redução do nível de engastamento, permite o escorregamento das armaduras dentro do pilar, causando fissuras e trincas próximas aos nós.

A Figura 01 demonstra um trecho do projeto estrutural, no qual o pilar P3 nasce na viga V49-V53, que descarrega as cargas nos pilares P4 e P2.

Figura 01 – Corte da armação da viga que apresentou patologias.

A Figura 02 demonstra as patologias decorrentes na viga pela falta de estribos e engastamento mal realizados na viga V53. É possível identificar as trincas devido à flexão na viga na seção superior da mesma. O pilar já havia sido rebocado, por isso ele apresenta uma superfície irregular.

Figura 02 – Foto da viga-pilar antes da intervenção da Reteng.

A Figura 03 demonstra que após a inspeção mais profunda, constatou-se que a armação de engastamento foi posicionada quase 40cm antes do local de projeto, descaracterizando a ligação como rígida. O projeto, conforme Figura 04, previa que duas barras de 16mm de diâmetro seriam posicionadas no fim do pilar, e não no começo, como foi verificado.

Figura 03 – Detalhe do mal posicionamento do engaste.

Figura 04 – Detalhe da seção da viga, barra de engastamento e estribo.

O serviço realizado pela Reteng foi acordado com o Eng° Calculista responsável pelo projeto e seguiu as seguintes etapas:

  • Escoramento adequado de toda a estrutura;
  • Demolição do topo do pilar (Figura 05);
  • Troca da armação de engastamento, conforme projeto (Figura 06);
  • Inclusão da barras longitudinais inferiores, furadas e coladas;
  • Grauteamento do topo do pilar com resistência mínima de 32 MPa em 48 horas (Figura 07);
  • Cura úmida;
  • Preparação das chapas para adequada fixação;
  • Fixação das chapas após aguardar 28 dias de cura do material (Figura 08);
  • Soldagem das chapas, conforme projeto de reforço;
  • Montagem e fixação de console metálico como suporte complementar.

Figura 05 – Detalhe da demolição do topo do pilar-viga.

Figura 06 – Detalhe da montagem da armação para engastamento adequado.


Figura 07 – Grauteamento do topo do pilar.


Figura 08 – Fixação das chapas parafusadas para confinamento

A recuperação estrutural é um serviço de extrema importância e responsabilidade, pois afeta diretamente a durabilidade das estruturas de concreto armado. A Reteng possui profissionais competentes para a realização de serviços de recuperação estrutural. Entre em contato e conheça nossas soluções.

 

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